6 tipos de financiamentos imobiliários que são praticados no Brasil
Você decidiu comprar uma casa ou apartamento, mas não sabe qual é a melhor forma de pagamento? Existem diversos tipos de financiamento imobiliário que podem te ajudar a realizar esse sonho.
Esse processo, em resumo, “pega” dinheiro emprestado de uma instituição financeira e o destina para a compra de um imóvel. O comprador costuma pagar uma entrada e financiar o valor restante, normalmente em um prazo longo, de 20, 30 anos.
Dentre as principais modalidades estão o SFH, SFI, SAC, financiamento direto com a construtora, Minha Casa Minha Vida, SACRE e Tabela Price.
Quais os tipos de financiamento imobiliário e qual a diferença entre eles?
A seguir vamos apresentar vantagens e desvantagens de alguns tipos de financiamento imobiliário e o que você precisa levar em consideração na hora da escolha:
SFH
SFH é o Sistema Financeiro de Habitação, criado em 1964 pelo Governo Federal. Ele utiliza os recursos do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) e do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e normatiza a maioria dos financiamentos imobiliários do país.
Possui algumas características únicas, como:
· A parcela não pode comprometer mais de 30% da renda mensal do comprador;
· A taxa de juros deve ser de no máximo 12% a.a.;
· O valor financiado deve corresponder a 70% do total de imóveis usados e 80% dos novos;
· O prazo para quitar a dívida é de até 35 anos.
Leia mais: Como sacar FGTS para compra de imóvel?
SFI
SFI (Sistema Financeiro Imobiliário) está entre os tipos de financiamento imobiliário que foram criados pelo Governo Federal e tem por meta suprir as carências que são apresentadas no SFH. Há muitos investidores que optam pelo SFI.
Ele é voltado para valores mais altos de financiamento e por consequência possui taxas de juros maiores. Algumas características:
· O máximo para o financiamento pode corresponder de 80% a 90% do valor do imóvel;
· O recurso vem do SBPE;
· Não há limite de venda comprometida.
Sistema Tabela Price
Também conhecido como Sistema Francês de Amortização (SFA), é um dos tipos de financiamentos mais clássicos, pois é nele que as prestações se tornam fixas, os juros caem muito e as amortizações começam a subir.
No começo das parcelas, boa parte da quantia está relacionada aos juros. Com o tempo, eles diminuem, assim como o saldo devedor, ao passo que a amortização aumenta a cada mês.
Tudo é feito com base na taxa referencial (TR), que se trata de um indicador pós-fixado, onde são coletadas todas as informações para divulgação de um resultado após o fechamento do contrato de financiamento, que realiza um reajuste nas prestações e no saldo devedor. Isso significa que as parcelas não são fixas, variam de acordo com a inflação.
SAC
O Sistema de Amortizações Constantes é um dos tipos de financiamento imobiliários, onde há uma forte variação de juros, fazendo com que as prestações diminuam, enquanto a taxa de amortização permanece fixa.
Neste tipo de financiamento há dois tipos de correções monetárias, a pré-fixada e a pós-fixada. A primeira refere-se a um valor determinado pela instituição financeira durante a assinatura de um contrato, com uma taxa de juros que costuma ser maior. Já a pós-fixada se refere a um valor que é determinado pela TR (taxa referencial) e o valor dos indexadores varia a cada mês (é um risco em tempos de mudanças na inflação).
SACRE
É um financiamento imobiliário que nada mais é que uma mescla entre o sistema PRICE e SAC. Neste sistema, as prestações vão subindo até chegarem a um valor pré-determinado. Depois, começam a diminuir (as amortizações são crescentes ao longo dos anos e por consequência os juros decrescem).
Além disso, é possível dizer que está fortemente ligado a TR – Taxa Referencial, a principal vantagem é que as prestações caem muito durante o tempo, diminuindo o risco de inadimplência.
Minha casa, minha vida
Um dos tipos de financiamento imobiliário mais recente foi criado em 2009 pelo Governo Federal e dá acesso às locações imobiliárias para famílias de baixa renda, até 7 mil reais mensais.
O programa tem 4 formas de ajudar no pagamento do imóvel, que variam de acordo com a renda mensal das famílias.
· Até R$ 1.800,00
Aqui o Minha Casa Minha Vida arca com até 90% do valor da propriedade. E as parcelas não atingem mais do que 10% da renda mensal familiar. Para participar, é necessário procurar a prefeitura da cidade para se cadastrar no programa.
· R$ 1.800,00 a R$ 2.600,00
Aqui, a família consegue a ajuda do governo para pagar a entrada no valor de até R$ 47,5 mil, além de descontos no seguro ou melhores taxas de juros (de apenas 5% ao ano).
· R$ 2.600,00 a R$ 4.000,00
Aqui a família recebe até R$ 29.000,00 de subsídio.
· R$ 4.000 a R$ 7.000,00
A família recebe taxas de juros diferenciadas em relação ao mercado.
Conseguiu entender quais são os principais tipos de financiamento e porque utilizá-los?